O que é para ser dito tem de o ser, e doa a quem doer...
Letras com inspiração em vivências do quotidiano e escritas em linguagem tribal citadina...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Injustiças

Elas são cometidas, a torto e a direito,
Mas quando se dão conta, o mal já está feito...
Existem de muitas espécies, de toda a variedade,
E por norma contrariam a mais pura verdade...
Todos nós já as sofremos, e ainda vamos sofrer,
E cada um é que sabe como doem a valer...
Podemos ter razão, estar certos e inspirados,
Mas o juízo de terceiros deixa-nos inconformados...
A princípio desconfiamos, não queremos acreditar,
Mas quando o ambiente esfria temos de nos aguentar...
Sentimos uma raiva imensa, não podemos compreender,
Como algo tão inóspito a nós foi acontecer...
Sensação de impotência, de dar resposta à situação,
Perdemos as estribeiras mas na busca da razão...
Sentimento de derrota, uma enorme desilusão,
Quando à nossa volta gira, gente sem solução...
Deu-se um ponto de vista, na maior das humildades,
No final foi-se humilhado, prejudicado com maldades...
Mas uma coisa é certa, e tenho de o dizer,
Essa gentinha baixa tem a consciência a moer...
Porque no fundo sabem, estão fartas de saber,
Só conseguem realizar-se com os outros a foder...
Para elas cagamos de alto, mas no fundo fica mal,
Como uma nota injusta numa pauta final...
Sentem-se bem assim, visão mais que limitada,
Coitados daqueles que têm de aguentar tal palhaçada...
Mas não se guarda rancor, muito pelo contrário,
Serve estas situações para acordar o otário...
Aprender a dar a graxa, a fazer as vontadinhas,
Mas depois com muita raiva, vir escrever umas linhas...
Porque a personalidade, não nos deixa alienar,
E ser mais um dos que, come e tem de calar...
Não se pode ser assim, então ser prejudicado,
Se Maria vai com as outras, então vai por caminho errado...
Visões divergentes, ponto de vista desigual,
Mas vai-se lá saber, dos dois o mais certo é qual?...
No entanto o que conta, é quem tem a faca na mão,
Corta o queijo como quer, não há mesmo solução...
No entanto aqui fica, bem expressa a revolta,
Se te sentes injustiçado, aqui deixa a raiva à solta...
Porque há coisas que nos deixam mesmo boquiabertos,
Não se pode compreender, alguns juízos incertos...
A batalha está perdida, mas a guerra vai a meio,
E se se riem agora, vão entrar em devaneio...
Lá diz o velho ditado, que fala do último a rir,
Com certeza ri melhor, mas faz o caminho a sorrir...
Dedicamos estas linhas, a quem sabe muito bem,
Pisaram bem o calo, mas não sabem a quem...
A vingança será dura, nada boa de aguentar,
Quando a verdade vier ao de cima, muita gente vai chorar...
Chorar da sua burrice, por agora encoberta,
Mas a mente mais perversa, leva a melhor na certa...
Vamos tendo paciência, mas com olho no futuro,
A queda vai ser grande, e o tombo muito duro!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Ilações...

Estou certo das coisas, estou ciente,
No entanto parece que ando sempre diferente...
Não descanso, e jamais posso descansar,
A ideia que tenho é de querer sempre mudar...
Mas não posso, e tenho de ir ao meu limite,
Nesta saga repetida, nada que me impossibilite...
Pensamentos estranhos e desarticulados,
Se na raiva tenho calma, sentimentos isolados...
E não há nada, e nada mais pode haver,
Se a revolta é grande é porque assim tem de ser...
Nunca olho para trás, onde está o mau olhado,
A visão está na frente num futuro premeditado...
E toco a vida, nela tento ser diferente,
Não sou outro alienado que dos outros se faz gente...
Estou bem assim, embora por vezes criticado,
Mas com esses posso eu bem, passa-me tudo ao lado...
Ideias soltas, mas sempre com muita qualidade,
Fazem o meu dia-a-dia, a minha realidade...
Não forço nada, e detesto a hipocrisia,
Digo tudo o que penso mesmo que provoque azia...
Já lá vai o tempo em que tinha mais cuidado,
Importavam-me os outros e mais o seu julgado...
Agora não, fartei-me dessa espécie de vez,
A indiferença é tanta, a que o sorriso desfez...
Quem está comigo, sabe sempre com o que conta,
E quem conta comigo, sabe que apoio encontra...
Sem merdas, no mais puro dos sentimentos,
Nesta vida o que conta é uma soma de momentos...
Aproveito bem, aprecio e venero,
Quem me conhece sabe bem que isto é sincero...
Amizade verdadeira, da difícil de encontrar,
Para mim é o que mais conta, só tem mesmo de contar...
Porque esta vida é curta, e uma grande ilusão,
Mas encará-la assim dá-lhe outra dimensão...
E não estou aqui para criticar ninguém,
A quem serve a carapuça de certeza serve bem...
Portanto tu aí, que é quem está a ouvir,
Estas escritas são fruto de quem muito quer sentir...
E não mostra medo, do que realmente sente,
Se incomoda alguém vai continuar em frente...
É mesmo assim, e vai continuar a ser,
Se não estás bem muda, só te vai favorecer...
Aceita isto, como uma espécie de conselho,
Como aprendíamos antes com o nosso mais velho...
Pára e vem daí, começa de vez a viver,
Sem mentiras e sem medo, vais ver que não vai doer...
E não vale a pena fazeres de nós uns loucos,
Porque mesmo que não queiras vais ficando assim aos poucos...
Quando a influência é boa, temos de a aceitar,
Ser humilde e inteligente, ter vantagem em mudar...
Assim me despeço, com mais estes recadinhos,
Quem procura sempre encontra os melhores pergaminhos...