O que é para ser dito tem de o ser, e doa a quem doer...
Letras com inspiração em vivências do quotidiano e escritas em linguagem tribal citadina...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Con(re)fli(c)to

Não, não estou morto, apenas "enterrado",
Mas em breve saltará a terra que me mantém aprisionado...
Tenho andado em conflito, um conflito interior,
Daqueles que ninguém gosta pois é amargo o seu sabor...
No entanto continua a minha querida vidinha,
Sem ressalto ou sobressalto, apenas crise na espinha...
E vai-se andando, tem mesmo de se ir,
Se paras morres, se morres calas e não podes mais sorrir...
Mas vou-me rindo quando posso, isso eu sei bem,
Se por vezes amarelado mais vale assim do que sem...
Nas voltas me reencontro e lá me volto a encontrar,
Parecem-me tantas voltas que nem sei onde vou parar...
Relaxo, reflicto, concentro-me e sigo em frente,
É esta a filosofia que me faz ser maior que gente...
Como ás no baralho, cálice de fogo no gelo,
Intermitentemente desmesurado continuo a sê-lo...
Parece cenário negro mas não é isso de todo,
Apenas um reflexo do quotidiano novo...
Porque as mudanças estão para breve, há que notar,
E desta forma aproveito para o facto assinalar...
Está assim novamente de volta a escrita reveladora,
A que fala de toda a gente de forma conservadora...
No entanto é necessária toda a atenção,
As mensagens subentendidas são efeito e resolução...
Como tiro certeiro em alvo sempre estático,
Lanço as minhas palavras num pensamento somático...
E se por acaso não estás a entender nada,
É sinal de desafogo e de uma mente sossegada...
Porque o movimento não é para todos, não pode ser assim,
Quanto mais aqui se fala mais se expõe de mim...
Quanto a isso tudo bem, não há nenhum problema,
Pior é quando se espetam as agulhas no esquema...
Por agora assim fico, estou de volta é verdade,
Acreditem que até eu da minha escrita sinto saudade...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

No fim...

Apetece-me disparar, mas um tiro bem certeiro,
E matar tudo o que sinto apenas com o primeiro...
A revolta está de volta, sinto-me aprisionado,
A escrever liberto tudo, fico mais do que curado...
Na sede de justiça engulo todos os sapos,
No fundo do estômago batem e ficam bem guardados...
É que para bom entendedor meia palavra basta,
Aqui não há excepção, nem o conteúdo se arrasta...
Acabem-me com o sofrimento, deixem-me descansado,
Olho e julgo de cima, calo mas não fico engasgado...
Porque nesta vida já vi de tudo um pouco,
E normalmente o desagrado gritava, até ficar rouco...
Mas agora mudei a táctica, ouço mais do que o que falo,
No entanto por vezes até parece, que efectivamente me ralo...
E neste jogo do mete nojo, vou andando alienado,
Tudo em prol do bom senso, e do que sou educado...
Vejo tudo com desagrado, a hipocrisia abomino,
Mas nesta cena de actores, sou eu que mais domino...
Consigo controlar pois está tudo acabado,
E não vou ter mais de olhar para quem me olha de lado...
Ignoro e desprezo, como há muito devia ter feito,
Mas a sensatez moldou-me o preconceito...
Agora basta ser eu mesmo, já não preciso de fingir,
Mas se me incomodam de novo, vão ter vontade de fugir...
Porque a paciência tem limites e o protocolo também,
E já não me obrigam a ouvir o que não quero de alguém...
Sinto-me aliviado mas ao mesmo tempo arrependido,
Sinto que indirectamente afinal andei fodido...
E isso não é agir bem, não é ser justo comigo,
Porque se não somos nós a querer o melhor para nós,
Por certo não são os outros a erguer a nossa voz...
No entanto também sei, que foi a melhor atitude,
Porque a honra salvaguardo, como a melhor virtude...
Vou vivendo devagar, vou orientando a vida,
Mas faço-o todos os dias, com a cabeça bem erguida!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Passivo?

Como pedaço de terra que nunca foi lavrado,
Numa intriga irresoluta sente-se acorrentado...
Como grito de revolta mudo à nascença,
Teoria imaculada que faz toda a diferença...
A voz mordaz que assola o teu ser,
Rebate-te a consciência como deve ser...
E na incessante procura de uma razão,
Tudo é explicado no meio da confusão...
Aguenta e quer paz na sua guerra,
Mas na primeira fila atira a primeira pedra...
Não cala nem muito menos consente,
O problema que ultrapassa é de longe diferente...
Banido, esquecido e um pouco atordoado,
Quando volta é em força e faz passar um mau bocado...
A mente reflecte o mau-estar acumulado,
Conjectura indubitável onde tudo foi gerado...
Leva tempo e gasta-te a paciência,
Vai crescendo o desespero que preenche a ausência...
No entanto vence a vontade, porque sempre foi assim,
Quem sofre consequências por certo duvidou de mim...
No fundo é apenas uma questão de atitude,
Que por vezes se confunde com uma simples virtude...
Deita cá para fora mas é no fundo o que se sente,
Agruras da vida passa-as cá que eu sigo em frente...
Porque na verdade é assim que tem de ser,
Não se anda nesta vida apenas para sobreviver...
Pois de vez em quando é preciso ir ao ataque,
Mas para isso não precisas de viajar para o Iraque...
Há muitas lutas cá dentro em que te podes envolver,
Para isso é muito simples, basta uma pessoa querer...
E não julgues que isto é apenas conversa da treta,
É certo como o bebé que chora se lhe tiras a chupeta...
Porque ver andar os outros com uma atitude passiva,
Faz com que te rotules com uma vida remissiva...
Na qual jamais irás a lugar nenhum,
Acredita que hoje em dia isso é o mais comum...
Portanto acorda e toma uma decisão,
Se gostas de ver andar os outros, olha que eu não!
A tua opinião conta mas não tanto quanto querias,
Contra isso tens de lutar e resolver as avarias...
Vai em frente sem medo, não tens nada a perder,
Bem vistas as coisas mais tu não podes sofrer...
Na verdade até aqui tu sonhaste acordado,
Mas agora está na altura de dar o passo aguardado...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Revoltadamente

Não me consigo livrar da sensação de exclusão,
Não porque assim quis, não foi minha opção...
No entanto tenho opinião bem formada,
Acerca de toda a idiotice por aí espalhada...
Parece que sou o único com este ponto de vista,
Tudo o resto me sugere que despreze e que resista...
Estou um bocado farto de aturar mentes captas,
Esmagam-me o intelecto como se esmagam baratas...
Mas para essas tenho o melhor dos recados,
Quem me entende sabe que não sou de desacatos...
Portanto é certo que mesmo sem confusões,
Lanço o olhar certo em todas as ocasiões...
E como é sabido que os meus olhos não mentem,
Satisfaz-me a ideia de como as pessoas se sentem...
Porque se uma imagem vale mesmo mais do que mil palavras,
Então esta canção está para elas como o pastor para as cabras...
Não me digam que estou errado, isso comigo já não resulta,
Prefiro que me ignorem pois isso já não me insulta...
Não preciso de mais nada, apenas de sinceridade,
É com ela que alcanço a plena tranquilidade...
É que nesta vida tudo passa, tudo muda e se transforma,
Tal como volta ao sítio qualquer barco que adorna...
Então avanço decidido como quem bate uma porta,
Olho sempre em frente mesmo que a vista seja torta...
E pelo caminho há alento, ajuda-nos a avançar,
Todas as coisas boas que acontecem sem se esperar...
E são essas que há necessidade de citar e descrever,
Porque são as que nos ajudam a deixar de sofrer...
E como tal desempenham papel de extrema importância,
Sem as quais a vida não teria a mínima substância...
São tão simples na verdade, como algo que veio e ficou,
Tão boas que desejas serem saboreadas nice&slow...
São elas que nos fazem tocar a vida para a frente,
Sem receio de ninguém nem de nada que te faça frente...
A vida é assim cheia de altos e baixos, uma encruzilhada,
Mas no final de contas pode ser bem apreciada...
Basta ignorar mesquinhices e ligar às pessoas certas,
Que trazem às nossas vidas emoções concretas...
E é tão bom quando isso finalmente nos acontece,
Evita que aceitemos que a esperança se desvanece...
Como é simples na verdade, não merece explicação,
Como uma tarde de praia em pleno Verão...
Aproveito ao máximo e deixo as coisas correr,
Porque o futuro é incerto mas é fácil de escrever...
E é nele que eu tenho o meu olhar fixado,
O passado já foi, a ele recuso-me a ficar agarrado...
Assim encaro tudo o que realmente me desagrada,
Fica enterrado lá atrás na minha vida desenfreada...
Porque não falo destas coisas sem de nada saber,
E é pena que nem toda a gente o chegue um dia a fazer...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Feeling...

Sei que foi um sonho, mas mais parecia realidade,
Cheio de sentimentos bons, tais como a saudade...
Sensações magníficas ainda que por meros instantes,
Serviram para unir duas almas distantes...
Sei que são coisas que não podemos compreender,
No entanto sei também que não vale a pena esconder...
Porque o seu significado por mais ambíguo que seja,
No intelecto é abstracto mas o coração inveja...
Por vezes estas vontades são difíceis de explicar,
Mas é certo que os feelings nós devemos aceitar...
Ainda que no imaginário, estas coisas acontecem,
E ficamos desolados quando por fim se desvanecem...
Terão algum significado? Serão coincidências apenas?
Sejam elas o que forem transmitem sensações tremendas...
Sensações essas que não queremos deixar fugir,
Tal como quando acordas queres voltar logo a dormir...
Porque embora inconsciente, ele tem algo de real,
Quanto mais não seja um desejo de vencer o surreal...
Explicando assim a grande diferença que existe,
É sonho não é pesadelo e por ser bom ele persiste...
Então nasce uma vontade de o transportar para a vida,
Talvez e quem sabe para cicatrizar alguma ferida...
Mas a perspectiva real é bem dura na realidade,
Pois não é algo fácil que depende apenas da tua vontade...
Resta continuar a sonhar, sem nunca a perder de vista,
E com pequenas vitórias alcançar grande conquista...
Porque quando menos esperamos a surpresa dobra a esquina,
E na grande montra da vida acrescentamos uma vitrina...
Para isso convém estar sempre bem preparado,
Não vá a oportunidade fugir, o que nunca é perdoado...
Neste turbilhão de sentimentos existe alguma ordem,
No caos que enfrento, inquietudes na alma me mordem...
No entanto sou invadido por repentina serenidade,
A calma que me invade devora a ansiedade...
Aguardo tranquilo o que foi reservado para mim,
E espero pelo desfecho aguardado, que imaginei no fim...
E se porventura o que se anseia não se vem a concretizar,
A solução é muito simples, basta continuar a sonhar...

terça-feira, 6 de abril de 2010

Intemporal...

Quantas e quantas vezes vou precisar de o dizer,
Nesta sociedade querem dominar, a seu belo prazer...
Juventude corrompida, sem valores, responsabilidade,
Usam como argumentos outros tempos, a idade...
Mas nem sempre foi assim, bem pelo contrário,
Esses tempos não estão tão longe no meu imaginário...
Fazíamos tudo o que havia e não havia a fazer,
Mas sempre com cabeça, não fosse o diabo tecer...
Maluqueiras saudáveis mas dentro dos limites,
Sabíamos até onde íamos e sempre sem palpites...
Não fomos nenhuns santos, mas somos bem formados,
Talvez façam hoje falta os cotas antiquados...
A menina sai à vontade, o menino ainda mais,
Depois temos os excessos a começar cedo demais...
Liberdade sim, também sou apologista,
Mas é em demasia e não me chamem de fascista...
Sabia tão bem lutar por mais uns minutos na rua,
E nunca ninguém morreu, não levando em diante a sua...
Outros tempos, sem dúvida outras vontades,
Esta é sem dúvida a mais pura das verdades...
A nossa dose de loucura era bem mais saudável,
E as ideias, atitudes eram de teor confiável...
Mas mais importante do que tudo quero falar no respeito,
Pelo próximo, pelos mais velhos, por quase tudo com efeito...
De tudo o que significávamos era onde tínhamos vantagem,
É a peça que mais falta faz nesta importante engrenagem...
Passam por cima dos outros como se não existissem,
Pensar um pouco neles era bom que conseguissem...
Egoísmo qb, irreverência e alienação,
Fazem parte da sua realidade, mas existe um senão...
Com sobremesas como exemplo, não há lugar para fracos,
E com indiferença no dia-a-dia fazem os seus contactos...
Aparências, ostentação, são as suas prioridades,
Nem atingem que quem falha, falha pelas dificuldades...
Crueldade e vingança, bagagem sem regresso,
Julgam que essa vertente lhes pode trazer sucesso...
Porque ser "cool", estar na moda, é o que mais lhes apetece,
Não têm noção que ali ao lado, o mal também acontece...
Estou a generalizar, sei que é um pouco arriscado,
Mas pelo que vejo todos os dias parece-me bem acertado...
É preciso impor respeito, do bom à antiga e verdadeiro,
Porque neste Mundo de injustiças nós chegamos primeiro...
E se o rumo não agrada, há que o tentar mudar,
E o exemplo começa sempre, dentro de cada lar...
Sempre fomos castigados, e ainda estamos inteiros,
Não nos falta nenhuma peça, como ao relógio ponteiros...
Então vamos a isso, vamos dar educação,
E se for necessário vai ser pela própria mão...
Respeitamos, ajudamos, e no entanto irreverentes,
Estes são os exemplos que deviam ter presentes...
Senão um dia destes não vamos a lado nenhum,
Já bem basta as Estrelitas substituírem o Nestum...
Aprendam a dizer que não, vão ver que é na boa,
E no dia seguinte eles acordam sem que nada lhes doa...
Porque prevenir é mais fácil do que remediar,
E a situação já leva avanço mas vai ter de parar...
Então vos digo hoje e em recado para a sociedade,
A Geração Rasca éramos nós, mas deixámos saudade...

terça-feira, 30 de março de 2010

O Derradeiro Poema Sobre O Amor

Vai entrando devagar, sem que por ele se dê conta,
Quando nos apercebemos é tarde, ao teu coração ele aponta...
E neste abraço entre ambos, sente-se um calor diferente,
Que nos ilumina o espírito, mas um aclarar que se sente...
Muito se vive por ele, muito se sofre, muito se chora,
Mas também há euforia, quando um ser se enamora...
Tira-nos o discernimento, por vezes a própria visão,
São males que bem conhecemos, os que provêm do coração...
É capaz de nos entorpecer e a razão deturpar,
O nosso ser transforma, quando nos consegue dominar...
E por vezes mesmo ao engano, importância não é dada,
Transcendemo-nos e lutamos, pela causa idolatrada...
No entanto existe também, uma outra possibilidade,
Pois quando ele nos engana, do verdadeiro sentimos saudade...
Mas é bom ser-se invadido, por tal sentimento sadio,
Embora haja quem prefira, ser dono de coração vadio...
e quando se diz que se pode, por ele chegar a morrer,
Não é fruto do exagero, apenas do muito querer...
É um sentimento único, do qual não é fácil falar,
É difícil escolher palavras, para o conseguir designar...
Mas quando alguém o desperta, no fundo da nossa essência,
Não olhamos a meios, e perdemos a clarividência...
Vivemos cada momento, como se o amanhã não existisse,
Somos o espelho da alma, reflectindo o que ela nos disse...
E quando é correspondido, sincera e verdadeiramente,
Nada nos pode parar, nada e ninguém nos faz frente...
Somos movidos por uma veemência, que roça o sobrenatural,
Superamo-nos constantemente, como que algo habitual...
Portanto quando digo, que não é fácil falar do amor,
Falo de algo que sinto e que sinto com todo o fervor...
Minha alma incendeia, sinto o sangue a acelerar,
O meu estômago aperta, depois do peito acanhar...
Sua presença me afecta, mas de extremosa maneira,
Faz de mim algo melhor, sem que isso eu queira...
É assunto complicado, temos de o admitir,
Mas sempre que é examinado, não evitamos sorrir...
E embora algo abstracto, que não podemos tocar,
Sem ele não podemos viver e sem ele não queremos ficar!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

De (mente)...

Gosto de uma ideia, mas de uma ideia diferente,
Daquela que não atrofia, mas que expande a mente...
Tenho o gosto de poeta, exprimo aquilo que sinto,
Pois quando não escrevo, sou dado como extinto...
Das palavras faço vida, uso-as com um propósito,
Não faço do vocabulário apenas um mero depósito...
Uma arma poderosa, assim considero a escrita,
Seja simples ou complexa, informal ou erudita...
Não é fácil por vezes, retratar acontecimentos,
Escolher bem as palavras para ilustrar os momentos...
Mas o difícil torna-se fácil e o pesado leve,
E na fusão do pensamento surge uma ideia breve...
Como peixe na água, pássaro ao sabor do vento,
Na escrita persisto, como um forte sentimento...
Apuro culpas, responsabilidades e as maiores falhas,
Feito com sublimidade, simples escolha de palavras...
Quero mudar o Mundo, quero marcar a diferença,
Sou absorvido na literatura, como moribundo pela doença...
A energia que me invade é difícil de explicar,
E as forças que me impelem, incapaz de contrariar...
Mergulho num certo estado, numa outra dimensão,
Onde sou mestre e senhor, onde impera a minha razão...
Liberto-me desta vida, como cabeça do busto,
Onde todos querem vencer, não importa a que custo...
Semelhantes que se pisam, sem olhar a consequências,
Fazem-me lembrar vampiros, a sugar suas essências...
Sociedade envenenada, a caminho do declínio,
A desvanecer sufocada no seu próprio fascínio...
Então quebro as amarras que à realidade me ligam,
Mas não quero de forma alguma, que outros me sigam...
Porque a área onde resido é muito parca em espaço,
E se outros o ambicionam, tornam-no ainda mais escasso...
Não sobreviveríamos, questão de incompatibilidade,
Do confronto de ideias à clandestinidade...
Sei que não sou único, muito menos especial,
Sou apenas uma visão diferente, mais perto da ideal...
Dos dias que nos restam tenho vontade deliberada,
De extinguir injustiças, na sociedade quero a ferida sarada...
Vou lutando como posso, pequenos gestos dia-a-dia,
Certo que a energia doada, foi aquela que podia...
A batalha vai a meio, mas a guerra não tem fim,
Tento apenas acrescentar, mais uma flor ao jardim...
E vou vendo este Mundo, sempre com inconformidade,
Sempre saudoso de um outro, do qual sinto sempre saudade!
E a vida é tão curta, para encontrarmos o caminho,
Por isso ficamos neste, é nossa sina, nosso destino...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Ideias... muitas... tempo... nenhum!

Ideias tenho muitas, não param de aparecer,
O problema é o tempo que não tenho para escrever...
Mas deixo aqui algo dito, para os mais preocupados,
Não, não perdi o jeito, podem ficar descansados...
Prometo voltar em breve, até lá minhas desculpas,
Há tanto para dizer, que envolve tantas lutas...
Portanto aos mais atentos, assíduos e seguidores,
Aqui fica um cheirinho, para lhes aliviar ardores...

até já...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Agonia Intelectual...

Devo estar em algum declínio criativo pois,
As ideias não consigo separar, seleccionar...
Algo se interpõe entre mim e a minha mente,
E o que penso não estou a conseguir dissecar...
Mas não vale o esforço despendido em desespero,
Pois sei que como sempre é algo passageiro...
E de novo voltarei com força a atacar,
E a rima voltará para o ouvido mais certeiro...
No entreposto aproveito para afinar, delinear,
Um plano que se adeqúe à nova atitude...
Por certo a mente não o vai estranhar mas,
A questão estará sempre vinculada na virtude...
E é desta maneira, tão sóbria e cristalina,
Que me questiono acerca da preposição...
Pois se é facto que em agonia estou em silêncio,
Na verdade mais sincera eu encontro a solução...
Vou lutando comigo mesmo numa batalha cruel,
O propósito que me move é intenso e interior...
E como que um grito abafado que na garganta explode,
O sentimento que se segue é solto com furor...
No caminho que percorro na busca de algo melhor,
Os altos e baixos sucedem-se sem piedade...
Mas no calor das palavras me recolho sempre,
E aí sinto que alcanço o oposto da saudade...
Deste modo eu avanço nesta vida atribulada,
Dos meus erros eu faço um mapa correcto...
Para que siga sempre o melhor dos percursos,
E não pise jamais com os meus pés, nada que não o caminho certo...
Vou pensando neste dilema, ele me impele a reflectir,
E em cada linha que acrescento tenho o poder de decidir...
É a arma mais poderosa, com que sempre pude contar,
Da palavra faço a minha lei, que dilacera o comum vulgar...