O que é para ser dito tem de o ser, e doa a quem doer...
Letras com inspiração em vivências do quotidiano e escritas em linguagem tribal citadina...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A Verdade

Tenho a mente acelerada, não consigo desligar,
Mantenho os olhos abertos, e a vida a dissecar...
Percorro imensos caminhos que não posso escolher,
Mas no meu transe sou feliz, não há nada a temer...
Qual estado de ansiedade, qual insónia que desperta,
O pensamento que não pára, vai parar a parte incerta...
Não me assusto com este estado, muito pelo contrário,
Vejo coisas que não quero, cai a máscara ao otário...
Analiso situações, pessoas, a memória insiste,
Mando abaixo a fachada que pelo bem-estar existe...
E isso é algo que não consigo evitar,
A cabeça inicia ideias a bombardear...
Só queria que isto se tornasse realidade,
Se há algo que me enoja é lidar com falsidade...
Hipocrisia, cinismo, e as maiores caras de pau,
Presentes no dia-a-dia, põem-me cara de mau...
Tudo isto é revisto em rápidos pensamentos,
Fazem de mim outra pessoa mas só por breves momentos...
Porque no fundo tenho, de voltar à actuar,
Neste palco que é a vida e o qual tenho de pisar...
Sinto-me tão ridículo e não são poucas as ocasiões,
Porque adoro a sinceridade e pr´a isto não há perdões...
Sabia-me mesmo bem ser sempre verdadeiro,
Mas todos sabemos que isso nunca vem primeiro...
Somos seres movidos por interesses diferentes,
Isso faz-nos fingir, e da verdade estar ausentes...
Mas nestes breves instantes, minha mente é livre,
Não há nada que a dome, é diferente o calibre...
Sou sincero comigo, e consigo distinguir,
Que esta forma de actuar é pr´a poder coexistir...
Pacificamente e sem grandes sobressaltos,
No fundo estou preparado para voos mais altos...
Mas na verdade não gosto de dar qualquer gorjeta ,
Não merecem conhecer minha melhor faceta...
Mantém-se este teatro que na nossa vida existe,
Sem que por vezes entendam porque é que ele persiste...
Em honra da paz e da alegria no trabalho,
Ouvimos tretas de merda que vendemos a retalho...
Mas um dia ficas farto, desta fraude coesa,
E nessa altura então o murro mandas na mesa...
Não é bonito de se ver, não é nada agradável,
Mas para a mente não há, condição mais saudável...
E no meu dia continuo este caminho a percorrer,
Acho que o farei, até o meu corpo morrer...
Porque no fundo sei, que assim não é certo,
Quantas vezes me censuram só porque estou correcto...
Então alinho nesta festa da falsidade,
E por mais que vocês não queiram não estou longe da verdade!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Ressaca...

Agora e depois da festa estar terminada,
A mente consequentemente foi, reiniciada...
Recordações, memórias, e demais sensações,
Estão bem guardadas dentro dos nossos corações...
Mas é tempo então de voltar ao normal,
Porque viver sempre a mil será prejudicial?
Bem sei que há sempre quem se aguente,
E sem nunca se queixar o que é muito à frente...
Por mais saudades que tenha não pode ser sempre assim,
Em permanente loucura o que seria de mim...
Foi muito bom, mas agora está terminado,
Vivi intensamente sem estar preocupado...
De tudo o que fiz, nada me arrependo,
Assim se vive a vida, só assim se vai vivendo...
Ficamos com a sensação de que podia haver mais,
Uma sensação idêntica à de um puto sem pais...
Órfãos de alegria, de loucura e de paixão,
É ideia que prevalece e que muda a visão...
No entanto é preciso voltar assentar os pés,
No fundo aquela pessoa não é bem quem tu és...
Mas muitos adoravam que pudesse ser,
Pois são seres tão banais que só nos sabem aborrecer...
E nestas alturas deitam tudo cá para fora,
Mal sabem como nós o fazemos a toda a hora...
Mas chega de focar outros pontos de vista,
Vamos mas é ao que interessa e sem que ninguém insista...
Loucuras, devaneios, excessos e ambições,
Fazem parte da festa tal e qual como os balões...
E nem faltam por lá os "nossos" amigos palhaços,
A cortar a boa onda como se fossem engaços...
Mas mesmo para esses há sempre bom remédio,
Levam com indiferença para acabar com o tédio...
E tudo continua em clima de alegria,
Não conseguem evitar porque isto contagia...
Mas será que te estiveste mesmo a divertir?
Não estiveste por acaso apenas a consentir...
Que outros influenciassem, a tua decisão,
Porque entrar na boa onda não é apenas uma questão...
É preciso pertencer a uma elite muito restrita...
E agora está atento para que não me repita...
Coração aberto, humildade e simpatia,
Fazem parte da lista que quem pertence sabia...
Não é para todos este estado de consciência,
Bem diferente é ser xunga e primar pela ausência...
Facto que nós até agradecemos,
Certo é que se curte mais, quando não os vemos...
Porque festa é festa e só assim pode ser...
Tal e qual como o Natal, basta um homem querer...
Escrevo estas linhas, mas não estou ressacado,
Estou contente, satisfeito e altamente extasiado...
Gostaria que isto não tivesse de acabar,
E para isso nestes dias ando eu a lutar...
Mas sei que não pode e que tudo tem um fim,
Como um ciclo vicioso bem dentro de mim...
Com este desabafo já fico mais satisfeito,
Falo de mente aberta e com pancada no peito...
E espero que toda a gente o entenda,
Foi escrito de forma fácil para que se aprenda...
E assim termino sem no entanto acabar,
O discurso fica aberto pr´a quem o quiser terminar...

terça-feira, 5 de maio de 2009

Personalidade?

Desiludido talvez não, mas sim desorientado,
Quando lido com burrice fico pior que estragado…
Quando as pessoas não sabem onde é o seu lugar,
Incomodam os outros, a paciência fazem esgotar…
Confundem atracção com outro tipo de sentimento,
Não percebem que às vezes são só cenas de momento…
E no meio disto tudo onde é que vamos parar?
Talvez o melhor seja mesmo a confiança retirar…
Não merecem pois, nenhum tipo de consideração,
Quando a paranóia ataca não há mesmo solução…
Fazem filmes ridículos, que querem realizar…
Não se percebe o motivo do que se está a passar…
Tenta-se combater isso com alguma indiferença,
Mas no diferente tratamento não percebem a diferença…
Porque nestas situações o melhor é ignorar,
Não vá o diabo tecê-las e a coisa piorar…
Tenta-se com classe ter alguma pedagogia,
Porque ensinar a viver se é possível eu não sabia…
Não se percebe a confusão, quando tudo foi explicado,
Não há motivos para isso, é de ficar assustado…
Tal tipo de fixação não é nada normal,
Esperemos que no futuro, tal não se torne fatal…
A situação deteriora-se e só tem piorado,
Já não falo com quem quero sem me olharem de lado…
Mas não deixo que isso altere o que quer que seja,
Muito pelo contrário, eu faço com que se veja…
Porque que me lembre não devo, nada a ninguém,
E assim não tenho de dar, satisfações a alguém…
Por isso o melhor é deixarem-me em paz,
Não perturbar a essência que faz de mim um bom rapaz…
Porque se ao master_d o calo é pisado,
Com o resultado nunca, ninguém fica agradado…
Não gosto de tratar mal, nada nem ninguém,
Mas se a tal me obrigam eu não vou ficar aquém…
Sempre fui conhecido por porreiro e bacano,
Mas quando me provocam essa ideia vira engano…
Só quero viver a vida em harmonia e paz,
E quando tal não me permitem ajo como Satanás…
Por isso mais vale lerem isto com muita atenção,
Já serve de aviso e conta como intenção…
De lembrar a alguém para reconsiderar,
Algum tipo de atitudes que são de reprovar…
Porque se esta vida são dois dias eu já cá ando há um…
E vou fazer directa que é para não perder nenhum…
Portanto atenção, mais vale é parar,
Atitudes de merda não consigo suportar…
O que quero é fazer o que sempre fiz,
E nunca me impediram de fazer o que quis!