O que é para ser dito tem de o ser, e doa a quem doer...
Letras com inspiração em vivências do quotidiano e escritas em linguagem tribal citadina...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Ressaca...

Agora e depois da festa estar terminada,
A mente consequentemente foi, reiniciada...
Recordações, memórias, e demais sensações,
Estão bem guardadas dentro dos nossos corações...
Mas é tempo então de voltar ao normal,
Porque viver sempre a mil será prejudicial?
Bem sei que há sempre quem se aguente,
E sem nunca se queixar o que é muito à frente...
Por mais saudades que tenha não pode ser sempre assim,
Em permanente loucura o que seria de mim...
Foi muito bom, mas agora está terminado,
Vivi intensamente sem estar preocupado...
De tudo o que fiz, nada me arrependo,
Assim se vive a vida, só assim se vai vivendo...
Ficamos com a sensação de que podia haver mais,
Uma sensação idêntica à de um puto sem pais...
Órfãos de alegria, de loucura e de paixão,
É ideia que prevalece e que muda a visão...
No entanto é preciso voltar assentar os pés,
No fundo aquela pessoa não é bem quem tu és...
Mas muitos adoravam que pudesse ser,
Pois são seres tão banais que só nos sabem aborrecer...
E nestas alturas deitam tudo cá para fora,
Mal sabem como nós o fazemos a toda a hora...
Mas chega de focar outros pontos de vista,
Vamos mas é ao que interessa e sem que ninguém insista...
Loucuras, devaneios, excessos e ambições,
Fazem parte da festa tal e qual como os balões...
E nem faltam por lá os "nossos" amigos palhaços,
A cortar a boa onda como se fossem engaços...
Mas mesmo para esses há sempre bom remédio,
Levam com indiferença para acabar com o tédio...
E tudo continua em clima de alegria,
Não conseguem evitar porque isto contagia...
Mas será que te estiveste mesmo a divertir?
Não estiveste por acaso apenas a consentir...
Que outros influenciassem, a tua decisão,
Porque entrar na boa onda não é apenas uma questão...
É preciso pertencer a uma elite muito restrita...
E agora está atento para que não me repita...
Coração aberto, humildade e simpatia,
Fazem parte da lista que quem pertence sabia...
Não é para todos este estado de consciência,
Bem diferente é ser xunga e primar pela ausência...
Facto que nós até agradecemos,
Certo é que se curte mais, quando não os vemos...
Porque festa é festa e só assim pode ser...
Tal e qual como o Natal, basta um homem querer...
Escrevo estas linhas, mas não estou ressacado,
Estou contente, satisfeito e altamente extasiado...
Gostaria que isto não tivesse de acabar,
E para isso nestes dias ando eu a lutar...
Mas sei que não pode e que tudo tem um fim,
Como um ciclo vicioso bem dentro de mim...
Com este desabafo já fico mais satisfeito,
Falo de mente aberta e com pancada no peito...
E espero que toda a gente o entenda,
Foi escrito de forma fácil para que se aprenda...
E assim termino sem no entanto acabar,
O discurso fica aberto pr´a quem o quiser terminar...

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