O que é para ser dito tem de o ser, e doa a quem doer...
Letras com inspiração em vivências do quotidiano e escritas em linguagem tribal citadina...

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Basta!

Estive muito tempo ausente, mas já não aguentei mais,
E neste período de isenção, o País mergulhou demais!
Não escrevo com alegria, escrevo à luz da realidade,
E porque tanta gente sofre, na crescente desigualdade!
Mergulhada numa crise, a Lusitânia revolta,
Sem um rumo, sem destino feliz, bilhete de ida sem volta...
Vive-se em desespero, agonia exacerbada,
Miséria ao virar da esquina, a alma de assalto tomada...
O Povo sofre, o Povo sangra, mas o Povo será o antídoto,
Numa democracia envenenada, numa sociedade de controlo remoto...
Longe vão os tempos das vacas gordas, pastos fartos,
Hoje o que se vislumbra, são apenas políticos gastos...
Gastos depressa demais, na mentira afundados,
Promessas mais do que vistas, venham mas é de novo os cravos!
Esperança na melhoria, numa vida desafogada,
Mas a cada sol que nasce, a dura realidade reiniciada...
Acordamos a cada manhã, de olhos bem abertos,
Mas é mais um dia de aperto do cinto, de fome dos espertos...
Formação nada garante, a iliteracia é funcional?
Num País sem oportunidades, onde a troika se tornou fatal...
Desfiles de comediantes, disfarçados de ministros,
São presença constante, das notícias nos serviços...
Gente sem escrúpulos, egocêntricas, desviadas,
Assassinam o estado social, sem remorsos ou consciências pesadas...
Está na hora de mudar isto, o tempo é escasso e urge,
Na revolta está o sinal, dos tempos que se vivem hoje!
No cassetete está o mote, não escolhe cores nem credos,
Mas não será com a opressão, que nos avivarão os medos...
Portanto vamos em frente, enfrentemos o sistema,
E quem não está de acordo, que não interprete o tema!
O recado está dado, concordo com o "Che" Carvalho,
Que se mude o estado das coisas, novamente pela hora do orvalho!