O que é para ser dito tem de o ser, e doa a quem doer...
Letras com inspiração em vivências do quotidiano e escritas em linguagem tribal citadina...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A frio...

Revoltado, mas há que seguir com a vida para a frente,
Afinal não é assim que faz toda a gente...
Segues, mas sentes um aperto no peito,
No fundo mais parece que te faltaram ao respeito...
Não é assim, mas não consegues evitar,
A raiva que te consome parece não acabar...
No entanto, tentas encontrar um motivo,
Mas nada de mal fizeste nada que fosse nocivo...
Para o desprezo, não encontras explicação,
E o teu peito rebenta pior do que um vulcão...
Porque afinal, nada disso é merecido,
Algo tão agradável como pode ser esquecido?...
Tão friamente e em tão pouco tempo,
Se calhar do outro lado foi só mesmo um momento...
Está ultrapassado, mas com muita pena minha,
Por influência de outros, uma decisão mesquinha...
Cada um é como é, não há nada a dizer,
Mas alguns vêm melhor o que andam a fazer...
Outros porém, mais parecem perdidos,
E no meio das dúvidas acabam por ficar esquecidos...
Se não é correcto, têm o que procuraram,
E se estavam mal, então melhor ficaram...
Porque nesta vida, somos nós a escolher,
E a decisão final por vezes pode doer...
E quando dás conta, se calhar já é tarde,
O arrependimento bate, na alma que arde...
Mas esquece isso, não vais dar parte fraca,
Tu golpeaste bem e com a faca que mata...
E daqui para a frente vai ser tudo diferente,
Como um olhar distante a roçar o indiferente...
Não se percebe, mas no fundo é verdade,
Podia não haver mais nada mas ficava a amizade,
De certeza que isso não me perguntam a mim,
Não fui eu que quis que as coisas, ficassem assim..
Mas razões devem haver, e alguém as deve saber,
E não quero explicações porque é mesmo pr´a esquecer...
Pago na mesma moeda para não ser injusto,
E por certo na próxima não apanho nenhum susto...