O que é para ser dito tem de o ser, e doa a quem doer...
Letras com inspiração em vivências do quotidiano e escritas em linguagem tribal citadina...

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Bom Ano!

Mais um ano que passa, mais algumas páginas da nossa vida foram viradas. Umas mais agradáveis de vislumbrar, outras mais importantes para reflectir e melhorar e, quem sabe, inovar!
No entanto, nesta sede de percorrer avidamente o caminho a que chamamos vida, por vezes esquecemos pormenores que de tão triviais, pensamos não terem importância alguma mas, no en
tanto, é bom não esquecer que o que para nós por vezes é insignificante, pode de facto representar imenso para os outros!
Que o ano que está a chegar seja repleto de coisas boas e, mais ainda, de muitos pormenores! Não nos deixemos cegar pelo egoísmo egocêntrico que cada vez mais faz parte do nosso quotidiano. Afinal, todos nós fazemos parte dos outros e, nos outros, está cada um de nós!...

Bom Ano!


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Liberdade?

Liberdade, mas sempre com consistência,
Por vezes é confundida com pura irreverência...
Sempre as mesmas acusações, todas sem sentido,
Ao longo dos anos já te queimam o ouvido...
Cabelo comprido, piercings ou uma simples tatuagem,
São símbolos negativos e nunca de coragem...
Descriminados por uma sociedade (in)diferente,
Onde a abertura está fechada nas mentes de toda a gente...
Além disso a cor, que todos dizem estar ultrapassada,
mas no fundo é desculpa para ocultar uma fachada...
Porque no fundo o olhar não é igual,
A escuridão perturba o raciocínio normal...
E então, que raio fazemos para mudar?
Ao tempo que isto se arrasta é fácil de lembrar...
Acabar com estas atitudes é o caminho a seguir,
Porque se para uns é dor, para outros é só sorrir...
Para muitos é demasiado fácil acusar,
Sem pensar no que se diz ou no que se vai causar...
A batalha pela igualdade está longe do fim,
Mas cada passo para a mudança é sempre feito assim...
Não é de um dia para o outro que muda a mentalidade,
Porque não é boa acção ou obra de caridade...
É assunto muito sério, doença de uma sociedade,
E como tal tem de ser tratada com toda a seriedade...
Mas chamemos as coisas pelo seu nome,
O preconceito é mais grave do que a própria fome...
E para ele não existe tratamento documentado,
Há apenas bom senso que tem de ser implementado...
A luta será dura e é contra o mais otário,
Mas nesta campanha gosto, de ser mandatário...
Juntemos então forças, todos não somos demais,
Nesta guerra sem fronteiras de atitudes banais...
Porque o meu brinco é a minha liberdade,
Ostentá-lo é vitória que conquista igualdade...
Pois represento uma classe que merece respeito,
E diferente sou igual mas despido de preconceito!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Dor

A dor, algo com que ninguém gosta de lidar,
Mas pior do que a física é aquela que não podes tocar...
Podemos obtê-la de muitas maneiras,
E nunca é agradável, não é algo que queiras...
No entanto com ela aprendemos a viver,
Afinal no fim de contas habituas-te a sofrer...
Umas vezes dói mais, outras dá uma trégua,
Está sempre presente como centímetros numa régua...
Pois uma vez chegada jamais te abandona,
Puxa-te para baixo, não consegues vir à tona...
Lutas contra ela, tentas sempre ultrapassar,
O sentimento persiste, no peito é o seu lugar...
Embora abstracta ela cansa, é bem real,
Sentes-te pilha gasta no comando que mais muda de canal...
Mas por mais que tentes mudar, nunca alteras isso,
Ela não se controla, mais parece um feitiço...
E esquecer não é o caminho, disso podes ter a certeza,
Certo como a coroa que fica e só muda a realeza...
Então perguntas tu, o que podes fazer?
A resposta é bem simples, continuas a viver...
Por mais angústia que sintas, cada lágrima liberta,
Na confusão abres caminho, encontras a estrada certa...
Sei que não é fácil, nada nesta vida o é,
Mas chega uma altura em que tens de bater o pé...
Ser forte por ti, e por quem mais te diz,
Nestas andanças sei do que falo, pois já fui aprendiz...
Mas agora sou mestre, infelizmente o digo,
E ultrapassar contrariedades, facilmente consigo...
Porque embora magoe, ela torna-te mais forte,
E seres bem sucedido não tem a ver com a sorte...
Uma força oculta, que te impede de avançar,
É assim que se explica o que estás a passar...
Mas em breve as coisas mudam, é preciso calma,
E a força de que necessitas começa a nascer na alma...
Vem depois a raiva, a inconformidade ataca,
Atravessa-te o coração como se fosse uma estaca...
E é nessa altura, que te sentes preparado,
Porque o mal está feito, não pode ser contrariado...
Mais do que uma batalha, entre a fé e a ciência,
Está uma guerra perdida contra a persistência...
Então levantas a cabeça, libertas o teu olhar,
Esteve preso muito tempo e o chão a focar...
Sais do buraco profundo, que escolheste para te esconder,
Porque embora dorido continuaste a viver...
E agora que vês isso, não o podes negar,
Embora a vida seja injusta é nela que queres ficar!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Uma Questão de Atitude

Estou farto que "alguns", me olhem de lado,
A princípio ultrapassas mas parece mau olhado...
Não sei se é inveja, daquilo que não conseguem ser,
Mas sei que não é esse o caminho para se vencer...
Tenho a coragem de enfrentar e perguntar,
Se a atitude é fruto de viverem a desesperar...
A verdade é que nunca, obtive resposta,
Tão certo como uma lei que te é imposta...
Afinal o que as leva a fazerem isso?
Descobrir esse segredo vai ser o meu compromisso...
Porque há coisas nesta vida que não entendemos,
E se deixamos andar apenas dúvidas teremos...
Aí reside o motivo, para tentar ser diferente,
Estou farto de falsidade, então eu olho de frente...
Não encaro a atitude com naturalidade,
Esqueço-me que nem todos têm a mesma liberdade...
Mas sabem que no fundo, uma coisa é certa,
Para isso há que manter uma mente aberta...
Assumir a ignorância dentro da sabedoria,
Porque saber tudo era o que toda a gente queria...
Já o disse uma vez e torno a repetir,
Para perceber o próximo há que o saber sentir...
Não é nada fácil, ninguém pode dizer que é,
Mas se a tua vontade é essa há que bater o pé...
Insiste, não podes desistir à primeira,
Tal e qual como na seca abres sempre a torneira...
Isso sem dúvida vai fazer toda a diferença,
Ou as igrejas enchiam, se não houvesse crença?
Como tudo na vida, a perfeição dá luta,
Embora esteja escondida como uma força oculta...
O caminho até ela só tu podes descobrir,
Certo como uma meta é o objectivo a atingir...
Claro que é mais fácil desistir a meio,
Mas depois o resultado já sabes que vai ser feio...
Nada hoje é fácil, ninguém dá de mão beijada,
A pessoa bem sucedida é sempre a mais esforçada...
Porque existem regras que nunca vão ser quebradas,
Esta é só mais uma, dentro das encruzilhadas...
Se te sentes perdido, vais ter de te encontrar,
E por vezes para isso ninguém te vai ajudar...
Tens de encontrar o caminho, como deve ser,
As escolhas que fizeres são as que te vão valer...
Como um recém-nascido a quem tens de dar a papa,
No meio da confusão sou eu que te dou o mapa...
Aceita esta ajuda, porque a intenção é boa,
Não penses que esta música foi escrita à toa...
Porque infelizmente, somos muito poucos,
E da voz da razão estamos cada vez mais roucos...
Só falta descobrires o que não é segredo,
Se puder eu falo, mas se não puder eu escrevo!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A frio...

Revoltado, mas há que seguir com a vida para a frente,
Afinal não é assim que faz toda a gente...
Segues, mas sentes um aperto no peito,
No fundo mais parece que te faltaram ao respeito...
Não é assim, mas não consegues evitar,
A raiva que te consome parece não acabar...
No entanto, tentas encontrar um motivo,
Mas nada de mal fizeste nada que fosse nocivo...
Para o desprezo, não encontras explicação,
E o teu peito rebenta pior do que um vulcão...
Porque afinal, nada disso é merecido,
Algo tão agradável como pode ser esquecido?...
Tão friamente e em tão pouco tempo,
Se calhar do outro lado foi só mesmo um momento...
Está ultrapassado, mas com muita pena minha,
Por influência de outros, uma decisão mesquinha...
Cada um é como é, não há nada a dizer,
Mas alguns vêm melhor o que andam a fazer...
Outros porém, mais parecem perdidos,
E no meio das dúvidas acabam por ficar esquecidos...
Se não é correcto, têm o que procuraram,
E se estavam mal, então melhor ficaram...
Porque nesta vida, somos nós a escolher,
E a decisão final por vezes pode doer...
E quando dás conta, se calhar já é tarde,
O arrependimento bate, na alma que arde...
Mas esquece isso, não vais dar parte fraca,
Tu golpeaste bem e com a faca que mata...
E daqui para a frente vai ser tudo diferente,
Como um olhar distante a roçar o indiferente...
Não se percebe, mas no fundo é verdade,
Podia não haver mais nada mas ficava a amizade,
De certeza que isso não me perguntam a mim,
Não fui eu que quis que as coisas, ficassem assim..
Mas razões devem haver, e alguém as deve saber,
E não quero explicações porque é mesmo pr´a esquecer...
Pago na mesma moeda para não ser injusto,
E por certo na próxima não apanho nenhum susto...

domingo, 20 de setembro de 2009

Como sempre...

É engraçado como se passa do 8 para o 80,
A mente não percebe o que o coração não aguenta...
Não se entende, como se muda assim de ideia,
Atiram-se fora momentos, queimados vivos na fogueira...
Para isto nunca se está ou vai estar preparado,
És capaz é de passar, mais um mau bocado...
A tristeza aumenta ou a alegria desvanece,
Não relaxes a pensar que o mal nunca acontece...
Afinal desta vez, não foi diferente,
Acabas como sempre com um coração demente...
Não se percebe o que andavas a pensar,
Nesse aspecto tu já sabes qual é o teu lugar...
E se estás sozinho é por alguma razão,
Se acreditas no contrário, aqui está mais um não...
Mas segues em frente, e em frente tens de seguir,
Em coração trancado não há de onde fugir...
Apenas quero, ser como imensa gente,
Partilhar os bons momentos sem pensar mais à frente...
Porque isso muda tudo, não é nada natural,
E se te entregas é a alguém que julgas especial...
Mas quantas são as vezes em que já estiveste errado,
Na desilusão encontras o castigo que te é dado...
É mesmo assim a vida, para ti não há tréguas,
Por mais que as procures, por mais que percorras léguas...
Felicidade não é algo, com que possas contar,
Talvez no sofrimento seja mesmo o teu lugar...
Onde tu te sentes, como se de casa se tratasse,
E ainda te questionas como se isso não bastasse...
A resposta é simples, muito fácil de entender,
Não se trata de sorte pois essa nem te quer ver...
Parece que para isso, não foste designado,
Mas também mais vale sozinho do que mal acompanhado...
Nunca encontraste quem realmente te mereça,
Mas não deixas que isso te dê a volta à cabeça...
Porque as coisas acontecem quando menos esperas,
E és o domador perfeito para controlar as feras...
Portanto vai com calma e deixa a vida rolar,
Como sempre é do zero que tudo volta a começar...
E da situação retiras mais uma lição,
Para juntar às outras que te enchem de razão...
Só existe um pormenor que há a lamentar,
Quem vier a seguir a factura vai pagar...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Remorsos...

Há dias, em que não damos mesmo uma para a caixa,
Na vida descontrolada em que nada se encaixa...
E chega um medo, receio de fazermos má figura,
Porque a "popularidade" entra logo em ruptura...
No fundo, preocupas-te demais com as aparências,
Que por vezes nem dás conta das verdadeiras carências...
Para o "nível", sacrificas por vezes amizades,
Negligencias pessoas, sentimentos e saudades...
Porque se realmente és uma estrela, no céu de alguém,
Por vezes vem tudo abaixo e a culpa é de quem?...
Depois surge algo, parecido com arrependimento,
Mas agora já é tarde e vai cair em esquecimento...
Vou falar, e para que não hajam confusões,
De remorsos ninguém gosta, são das piores sensações...
Se eles existem, foi porque fizeste algo de errado,
E se assim o consideras passas sempre um mau bocado...
Não adianta, já não vais a tempo de o compor,
Se pensasses nisso antes não sentias esse ardor...
Mas tentamos sempre e por vezes é bem ridículo,
O meio que utilizas para emendar o capítulo...
Não esqueças que, por mais que não queiras,
Pessoas magoaste e sem perder as estribeiras...
E sem pensares, agora sentes-te muito mal,
Porque isso não se resolve com um mudar de canal...
Apenas tens, que admitir a prepotência,
Ser humilde e explicar, essa tua tendência...
Porque é curioso, mas quem normalmente sofre,
É sempre alguém que não merece que isso assim fosse...
E falo agora, da dita consideração,
Aquela que dás ao desbarato e por vezes sem razão...
Falhas a quem, por vezes mais devias acarinhar,
E diz-me lá agora se não te estás a identificar...
Todos fazemos o mesmo, ou então já o fizemos,
Eu sei bem que dói, são sentimentos eternos...
Alguns tentam esquecer, outros nem se apercebem,
O melhor discernimento faz com que as almas sosseguem...
A solução passa pela mudança de atitude,
Quando interiorizares a falha faz com que tudo mude...
É preciso força, mas aquela de vontade,
Porque a mente domina o corpo, isso é bem verdade...
Depende de ti, integridade versus conforto,
Mas se não consegues mudar podes considerar-te morto...
Porque todos os dias, todos estamos a aprender,
Se não consegues sentir isso, é porque não queres ver...
E já diz o velho ditado, um que muito bem sei,
Que em terra de cegos quem tem um olho é rei...
Então já sabes e em jeito de sermão,
Se já falhaste a alguém, não hesites em estender-lhe a mão...
Admite o teu erro, dá o teu braço a torcer,
Pode não dar em nada mas também não vai doer...
Nunca se sabe, o que pensa o outro lado,
E se calhar uma satisfação vale mais do que um recado...
Porque no fundo, é muito fácil falar,
O problema reside precisamente em começar...
Junta forças e avança, não te arrependerás,
Se não for com o diálogo não sei como o farás...
É tudo muito simples, mas é preciso atenção,
O silêncio é de ouro, mas não nesta canção...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Pura e Simplesmente

Noutro dia perguntaram-me porque ataco a escrever,
A resposta foi bem simples, não ataco faço ver...
Maior parte dos assuntos é mais do que normal,
Eu apenas os abordo de uma forma natural...
Não vale a pena fazer bichos de sete cabeças,
Pois por certo não é certo que a multidão convenças...
Tento levar tudo na boa mas com uma certa atenção,
E o mais sério assunto despercebido não passa não...
Então depois disto tudo recadinhos quero dar,
Mas cuidado com as mensagens pois ainda dão que pensar...
Só não entende quem é curto, ou por curto se quer passar,
Os dizeres são bem simples, muito fáceis de apanhar...
Mas insistiam na ideia do confronto linguístico,
E eu insistia na resposta disto ser um dom artístico...
Então depois de bem lerem lá deram o braço a torcer,
O master_d não ataca realmente só faz ver...
Injustiças, mal entendidos e confusões à mistura,
Fazem parte destas letras, desde que o blog dura...
Sempre com consciência e algumas a querer mudar,
Combatendo o que está mal com a literatura a ajudar...
Acusam-me de injusto e de duro querer parecer,
Mas se repararem bem digo o que tenho a dizer...
Sem maldade, crueldade, sem segundas intenções,
O que escrevo vai directo aos mais puros corações...
Aqueles que me percebem e me podem ajudar,
Vão vivendo o dia-a-dia onde eu me vou inspirar...
Porque é na realidade que procuro a inspiração,
Motivos para escrever e elaborar a reivindicação...
Não preciso inventar, está tudo à minha frente,
Basta andar bem atento e viver bem o presente...
E quando me dizem se ainda não me fartei,
Eu respondo que a vida não está como a imaginei...
Portanto vou escrevendo não para a tentar mudar,
Apenas focar alguns pontos que gosto de salientar...
Porque se todos o fizéssemos nem que fosse só um pouco,
As coisas mudariam sem ser preciso ficar louco...
Porque criticar é fácil e o dedo apontar,
Difícil é dar sugestões para a coisa melhorar...
Aproveito então a dica e continuo a mandar vir,
Porque com tanta confusão é difícil ver sorrir...
E o que nos faz falta e combate as contradições,
É sorrir bem mais para alegrar os corações...
Anda tudo zangado, com cara de poucos amigos,
Sinto falta dos tempos em que eram mais divertidos...
Por isso já sabem, o recado está dado,
Quero ir curtir as festas com o meu sorriso rasgado...
Porque sempre o tive e sempre o hei-de ter,
O que quero é à minha volta gente que o saiba devolver...
E assim hoje termino, já não vos chateio mais,
Mas não pensem que descanso, isso já era demais...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Indefinições

Já passou algum tempo mas volto sempre à escrita,
Sei que já disse muita coisa mas muita estará por ser dita...
Os dias vão passando e na mesma realidade,
Recordo outros tempos, em que me bate a saudade...
Mas foco o presente, tenho de me concentrar,
Não é fácil cumprir, mas há que rotinar...
Muito me passa pela cabeça, pensamentos revolucionários,
Tenho vontade de rebentar, mas medo de efeitos contrários...
Já falei das injustiças, mas essas teimam em gravitar,
Sempre à minha volta, para a paciência testar...
Vou levando com calma, a que consigo manter,
Por vezes não é fácil, mas lá se continua a viver...
Não é contra a máquina esta raiva que me invade,
Apenas contra um sistema, o qual me dissuade...
Mas estou, e dou a volta por cima,
Não será isso que me verga, apenas me aproxima...
Duma outra realidade, completamente diferente,
Uma que poucos conhecem, ou não vêm simplesmente...
Porque como em tudo nesta vida, há que ter cuidado,
E não posso dar-me ao luxo, de dar um passo mal dado...
Mais vale jogar pelo seguro, muito espírito de abnegação,
E no final das contas, surge sempre uma razão...
A espera tem sido longa, mas está perto do final,
A consciência está tranquila, mas estará a de outros igual?
Muito empenho demonstrado, muito suor e sacrifício,
Valem bem o reconhecimento dos mestres deste ofício...
Mas esse tarda em chegar e o orgulho engolido,
Explode com demasiada força, e quer muito ser ouvido...
A vida tem destas coisas, e surge uma tristeza danada,
Invade o sentimento seguro, fruto de uma longa caminhada...
É triste ser assim, mas nada posso fazer,
E não posso deixar passar, o que eles não querem ver...
Portanto escrevo estas linhas, com grande indefinição,
Não são resultado do desespero, mas apenas de uma razão...
Não guardo nenhum rancor, muito pelo contrário,
Se isso me permitisse, não seria arbitrário...
A luta continua, bem como a entrega,
Acredito que assim se alcança, a vitória mais cega...
E lá vou vivendo os dias, recheados de emoções,
Mas não posso negar à cabeça, todas estas indefinições...
No entanto assim termino, com o pensamento no amanhã,
Pode não ser o melhor, mas mantém a cabeça sã...
E para os que me acompanham, nesta longa caminhada,
Um abraço dos grandes, e nas costas "a palmada"...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Injustiças

Elas são cometidas, a torto e a direito,
Mas quando se dão conta, o mal já está feito...
Existem de muitas espécies, de toda a variedade,
E por norma contrariam a mais pura verdade...
Todos nós já as sofremos, e ainda vamos sofrer,
E cada um é que sabe como doem a valer...
Podemos ter razão, estar certos e inspirados,
Mas o juízo de terceiros deixa-nos inconformados...
A princípio desconfiamos, não queremos acreditar,
Mas quando o ambiente esfria temos de nos aguentar...
Sentimos uma raiva imensa, não podemos compreender,
Como algo tão inóspito a nós foi acontecer...
Sensação de impotência, de dar resposta à situação,
Perdemos as estribeiras mas na busca da razão...
Sentimento de derrota, uma enorme desilusão,
Quando à nossa volta gira, gente sem solução...
Deu-se um ponto de vista, na maior das humildades,
No final foi-se humilhado, prejudicado com maldades...
Mas uma coisa é certa, e tenho de o dizer,
Essa gentinha baixa tem a consciência a moer...
Porque no fundo sabem, estão fartas de saber,
Só conseguem realizar-se com os outros a foder...
Para elas cagamos de alto, mas no fundo fica mal,
Como uma nota injusta numa pauta final...
Sentem-se bem assim, visão mais que limitada,
Coitados daqueles que têm de aguentar tal palhaçada...
Mas não se guarda rancor, muito pelo contrário,
Serve estas situações para acordar o otário...
Aprender a dar a graxa, a fazer as vontadinhas,
Mas depois com muita raiva, vir escrever umas linhas...
Porque a personalidade, não nos deixa alienar,
E ser mais um dos que, come e tem de calar...
Não se pode ser assim, então ser prejudicado,
Se Maria vai com as outras, então vai por caminho errado...
Visões divergentes, ponto de vista desigual,
Mas vai-se lá saber, dos dois o mais certo é qual?...
No entanto o que conta, é quem tem a faca na mão,
Corta o queijo como quer, não há mesmo solução...
No entanto aqui fica, bem expressa a revolta,
Se te sentes injustiçado, aqui deixa a raiva à solta...
Porque há coisas que nos deixam mesmo boquiabertos,
Não se pode compreender, alguns juízos incertos...
A batalha está perdida, mas a guerra vai a meio,
E se se riem agora, vão entrar em devaneio...
Lá diz o velho ditado, que fala do último a rir,
Com certeza ri melhor, mas faz o caminho a sorrir...
Dedicamos estas linhas, a quem sabe muito bem,
Pisaram bem o calo, mas não sabem a quem...
A vingança será dura, nada boa de aguentar,
Quando a verdade vier ao de cima, muita gente vai chorar...
Chorar da sua burrice, por agora encoberta,
Mas a mente mais perversa, leva a melhor na certa...
Vamos tendo paciência, mas com olho no futuro,
A queda vai ser grande, e o tombo muito duro!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Ilações...

Estou certo das coisas, estou ciente,
No entanto parece que ando sempre diferente...
Não descanso, e jamais posso descansar,
A ideia que tenho é de querer sempre mudar...
Mas não posso, e tenho de ir ao meu limite,
Nesta saga repetida, nada que me impossibilite...
Pensamentos estranhos e desarticulados,
Se na raiva tenho calma, sentimentos isolados...
E não há nada, e nada mais pode haver,
Se a revolta é grande é porque assim tem de ser...
Nunca olho para trás, onde está o mau olhado,
A visão está na frente num futuro premeditado...
E toco a vida, nela tento ser diferente,
Não sou outro alienado que dos outros se faz gente...
Estou bem assim, embora por vezes criticado,
Mas com esses posso eu bem, passa-me tudo ao lado...
Ideias soltas, mas sempre com muita qualidade,
Fazem o meu dia-a-dia, a minha realidade...
Não forço nada, e detesto a hipocrisia,
Digo tudo o que penso mesmo que provoque azia...
Já lá vai o tempo em que tinha mais cuidado,
Importavam-me os outros e mais o seu julgado...
Agora não, fartei-me dessa espécie de vez,
A indiferença é tanta, a que o sorriso desfez...
Quem está comigo, sabe sempre com o que conta,
E quem conta comigo, sabe que apoio encontra...
Sem merdas, no mais puro dos sentimentos,
Nesta vida o que conta é uma soma de momentos...
Aproveito bem, aprecio e venero,
Quem me conhece sabe bem que isto é sincero...
Amizade verdadeira, da difícil de encontrar,
Para mim é o que mais conta, só tem mesmo de contar...
Porque esta vida é curta, e uma grande ilusão,
Mas encará-la assim dá-lhe outra dimensão...
E não estou aqui para criticar ninguém,
A quem serve a carapuça de certeza serve bem...
Portanto tu aí, que é quem está a ouvir,
Estas escritas são fruto de quem muito quer sentir...
E não mostra medo, do que realmente sente,
Se incomoda alguém vai continuar em frente...
É mesmo assim, e vai continuar a ser,
Se não estás bem muda, só te vai favorecer...
Aceita isto, como uma espécie de conselho,
Como aprendíamos antes com o nosso mais velho...
Pára e vem daí, começa de vez a viver,
Sem mentiras e sem medo, vais ver que não vai doer...
E não vale a pena fazeres de nós uns loucos,
Porque mesmo que não queiras vais ficando assim aos poucos...
Quando a influência é boa, temos de a aceitar,
Ser humilde e inteligente, ter vantagem em mudar...
Assim me despeço, com mais estes recadinhos,
Quem procura sempre encontra os melhores pergaminhos...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Verão...

O Verão está aí, é então tempo de férias,
Mas para alguns não, é tempo de coisas sérias...
Não é tempo de curtir, nem de o sol gozar,
A luta continua e o tempo matam a trabalhar...
Esquecem o compromisso que fizeram com a areia,
O mar vai ter de esperar, mas não esquecem a ideia...
É mais um sacrifício pr´a juntar a alguns mais,
A vida nem sempre é fácil, já o diziam os pais...
Mas nem tudo é sombrio, há algo a reter...
Nesta escola da vida sabes bem o que é viver...
Os hábitos são outros, há mais responsabilidade,
E da areia nos calções tu só sentes saudade...
Outras metas se impõem, não podes facilitar,
E se sacrifícios implica, só tens de os aguentar...
Nada mata nesta vida a não ser a própria morte,
E se ultrapassas tudo, considera-te com sorte...
Aprendes a ser humilde, que não te falte essa atitude,
A paciência cultivas, que é outra grande virtude...
Vês os outros relaxar, ganharam esse direito,
Mas aqui do outro lado o horizonte é perfeito...
Está tudo na cabeça, e na paz do coração,
Se isto dominares então dominas a razão...
E a alguns apresento, com uma grande vaidade,
Uma senhora importante, a Dona Força de Vontade...
É um prazer conhecê-la e com ela dar-me tão bem,
Fazia falta a muitos, que não conhecem ninguém...
É como tudo na vida, não somos todos iguais,
Mas temos de concordar, há quem facilite demais...
Depois não se aguentam, à mais bela das broncas,
Ficam por aí à deriva e só dizem coisas tontas...
Um pensamento nasce, uma sensação explode,
Isto não é para quem quer, é mesmo para quem pode...
Mas acreditas no trabalho, e nos seus benefícios,
Treinas o corpo e a mente, ultrapassas os sacrifícios...
Assim foste educado e um dia assim vais educar,
Faz muita falta neste mundo, gente assim a pensar...
Porque se o teu berço é tudo menos de ouro,
Igualas as expectativas, tens é de dar ao couro...
Mas falava no Verão, e em tudo o que significa,
Praia, férias, tempo livre, assim ele se justifica...
Fica aqui só o recado, para quem ele não é assim,
Somos gente diferente, mas vamos até ao fim...
Porque se queremos algo, temos muito que lutar,
Mas sabe muito melhor depois de o alcançar...
Não pertencemos à equipa de quem tem de mão beijada,
Pertencemos é aquela, da camisola mais suada...
Com orgulho o dizemos, com orgulho o mostramos,
E se não é no mar, lá iremos na mesma a banhos...

Peace!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

A Vidinha...

Vou pela rua, a brisa invade o meu rosto,
Penso em tanta coisa, mas em nada que gosto...
Estou stressado, a vida anda muito agitada,
Actividades muitas mas nunca cara zangada...
Ainda a escola, e para me dar cabo da cabeça,
Se não é trabalho há sempre alguém que me aborreça...
Mas estou nessa, e agarro todas as oportunidades,
E isso é tão certo como aqui dizer verdades...
Então insisto, e puxo cada vez mais por mim,
Se a cabeça aguenta o físico não tem fim...
É sempre a dar-lhe e com uma imensa vontade,
Não há nada que me pare, nenhuma contrariedade...
Eu gosto assim, acção, reacção, educação,
Nesta vida temos mesmo de viver com paixão...
Sinto orgulho e uma grande solidariedade,
Para com quem não é assim e aqui anda sem vontade...
Porque no fundo, é tudo uma questão de atitude,
E para mim ela é, uma enorme virtude...
Então agito, e a minha vida volto a agitar,
Comigo todos sabem com o que podem contar...
Energia, empenho, muito gosto e grande entrega,
Fazem parte do conceito que para muitos é esfrega...
Mas não, e surge uma questão pertinente,
Sei que não é possível e que não é para toda a gente...
Adoro isto, e sem nunca na vida me queixar,
Adoro uma frase que diz que é sempre a andar...
Porque na vida, nunca se pode estar parado,
Podes correr o risco de ficar atrofiado...
E quando o digo, não falo de músculo nenhum,
Quando é a cabeça que pára não vais a lugar algum...
Pelo que vejo, por aí não falta nada disso,
É só gente ignóbil sem nenhum tipo de compromisso...
Com a vida, e com quem na verdade os rodeia,
Parecem seres abstractos o que a mim me incendeia...
Gente fútil e sem qualquer tipo de juízo,
Daquela a quem parece nunca nascer dente do siso...
Não faz mal, são eles que no fundo não estão bem,
Efectivamente sabemos que não valem um vintém...
Porque na vida, temos de estar sempre preparados,
Ninguém nos dá nada e só acontecem acasos...
Portanto ao ler isto, tens de ter a plena noção,
Foi escrito com consciência e apelo da razão...
Por ser verdade, com selo da vida vai autenticado,
master_d ao ataque como mercenário contratado...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A Verdade

Tenho a mente acelerada, não consigo desligar,
Mantenho os olhos abertos, e a vida a dissecar...
Percorro imensos caminhos que não posso escolher,
Mas no meu transe sou feliz, não há nada a temer...
Qual estado de ansiedade, qual insónia que desperta,
O pensamento que não pára, vai parar a parte incerta...
Não me assusto com este estado, muito pelo contrário,
Vejo coisas que não quero, cai a máscara ao otário...
Analiso situações, pessoas, a memória insiste,
Mando abaixo a fachada que pelo bem-estar existe...
E isso é algo que não consigo evitar,
A cabeça inicia ideias a bombardear...
Só queria que isto se tornasse realidade,
Se há algo que me enoja é lidar com falsidade...
Hipocrisia, cinismo, e as maiores caras de pau,
Presentes no dia-a-dia, põem-me cara de mau...
Tudo isto é revisto em rápidos pensamentos,
Fazem de mim outra pessoa mas só por breves momentos...
Porque no fundo tenho, de voltar à actuar,
Neste palco que é a vida e o qual tenho de pisar...
Sinto-me tão ridículo e não são poucas as ocasiões,
Porque adoro a sinceridade e pr´a isto não há perdões...
Sabia-me mesmo bem ser sempre verdadeiro,
Mas todos sabemos que isso nunca vem primeiro...
Somos seres movidos por interesses diferentes,
Isso faz-nos fingir, e da verdade estar ausentes...
Mas nestes breves instantes, minha mente é livre,
Não há nada que a dome, é diferente o calibre...
Sou sincero comigo, e consigo distinguir,
Que esta forma de actuar é pr´a poder coexistir...
Pacificamente e sem grandes sobressaltos,
No fundo estou preparado para voos mais altos...
Mas na verdade não gosto de dar qualquer gorjeta ,
Não merecem conhecer minha melhor faceta...
Mantém-se este teatro que na nossa vida existe,
Sem que por vezes entendam porque é que ele persiste...
Em honra da paz e da alegria no trabalho,
Ouvimos tretas de merda que vendemos a retalho...
Mas um dia ficas farto, desta fraude coesa,
E nessa altura então o murro mandas na mesa...
Não é bonito de se ver, não é nada agradável,
Mas para a mente não há, condição mais saudável...
E no meu dia continuo este caminho a percorrer,
Acho que o farei, até o meu corpo morrer...
Porque no fundo sei, que assim não é certo,
Quantas vezes me censuram só porque estou correcto...
Então alinho nesta festa da falsidade,
E por mais que vocês não queiram não estou longe da verdade!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Ressaca...

Agora e depois da festa estar terminada,
A mente consequentemente foi, reiniciada...
Recordações, memórias, e demais sensações,
Estão bem guardadas dentro dos nossos corações...
Mas é tempo então de voltar ao normal,
Porque viver sempre a mil será prejudicial?
Bem sei que há sempre quem se aguente,
E sem nunca se queixar o que é muito à frente...
Por mais saudades que tenha não pode ser sempre assim,
Em permanente loucura o que seria de mim...
Foi muito bom, mas agora está terminado,
Vivi intensamente sem estar preocupado...
De tudo o que fiz, nada me arrependo,
Assim se vive a vida, só assim se vai vivendo...
Ficamos com a sensação de que podia haver mais,
Uma sensação idêntica à de um puto sem pais...
Órfãos de alegria, de loucura e de paixão,
É ideia que prevalece e que muda a visão...
No entanto é preciso voltar assentar os pés,
No fundo aquela pessoa não é bem quem tu és...
Mas muitos adoravam que pudesse ser,
Pois são seres tão banais que só nos sabem aborrecer...
E nestas alturas deitam tudo cá para fora,
Mal sabem como nós o fazemos a toda a hora...
Mas chega de focar outros pontos de vista,
Vamos mas é ao que interessa e sem que ninguém insista...
Loucuras, devaneios, excessos e ambições,
Fazem parte da festa tal e qual como os balões...
E nem faltam por lá os "nossos" amigos palhaços,
A cortar a boa onda como se fossem engaços...
Mas mesmo para esses há sempre bom remédio,
Levam com indiferença para acabar com o tédio...
E tudo continua em clima de alegria,
Não conseguem evitar porque isto contagia...
Mas será que te estiveste mesmo a divertir?
Não estiveste por acaso apenas a consentir...
Que outros influenciassem, a tua decisão,
Porque entrar na boa onda não é apenas uma questão...
É preciso pertencer a uma elite muito restrita...
E agora está atento para que não me repita...
Coração aberto, humildade e simpatia,
Fazem parte da lista que quem pertence sabia...
Não é para todos este estado de consciência,
Bem diferente é ser xunga e primar pela ausência...
Facto que nós até agradecemos,
Certo é que se curte mais, quando não os vemos...
Porque festa é festa e só assim pode ser...
Tal e qual como o Natal, basta um homem querer...
Escrevo estas linhas, mas não estou ressacado,
Estou contente, satisfeito e altamente extasiado...
Gostaria que isto não tivesse de acabar,
E para isso nestes dias ando eu a lutar...
Mas sei que não pode e que tudo tem um fim,
Como um ciclo vicioso bem dentro de mim...
Com este desabafo já fico mais satisfeito,
Falo de mente aberta e com pancada no peito...
E espero que toda a gente o entenda,
Foi escrito de forma fácil para que se aprenda...
E assim termino sem no entanto acabar,
O discurso fica aberto pr´a quem o quiser terminar...

terça-feira, 5 de maio de 2009

Personalidade?

Desiludido talvez não, mas sim desorientado,
Quando lido com burrice fico pior que estragado…
Quando as pessoas não sabem onde é o seu lugar,
Incomodam os outros, a paciência fazem esgotar…
Confundem atracção com outro tipo de sentimento,
Não percebem que às vezes são só cenas de momento…
E no meio disto tudo onde é que vamos parar?
Talvez o melhor seja mesmo a confiança retirar…
Não merecem pois, nenhum tipo de consideração,
Quando a paranóia ataca não há mesmo solução…
Fazem filmes ridículos, que querem realizar…
Não se percebe o motivo do que se está a passar…
Tenta-se combater isso com alguma indiferença,
Mas no diferente tratamento não percebem a diferença…
Porque nestas situações o melhor é ignorar,
Não vá o diabo tecê-las e a coisa piorar…
Tenta-se com classe ter alguma pedagogia,
Porque ensinar a viver se é possível eu não sabia…
Não se percebe a confusão, quando tudo foi explicado,
Não há motivos para isso, é de ficar assustado…
Tal tipo de fixação não é nada normal,
Esperemos que no futuro, tal não se torne fatal…
A situação deteriora-se e só tem piorado,
Já não falo com quem quero sem me olharem de lado…
Mas não deixo que isso altere o que quer que seja,
Muito pelo contrário, eu faço com que se veja…
Porque que me lembre não devo, nada a ninguém,
E assim não tenho de dar, satisfações a alguém…
Por isso o melhor é deixarem-me em paz,
Não perturbar a essência que faz de mim um bom rapaz…
Porque se ao master_d o calo é pisado,
Com o resultado nunca, ninguém fica agradado…
Não gosto de tratar mal, nada nem ninguém,
Mas se a tal me obrigam eu não vou ficar aquém…
Sempre fui conhecido por porreiro e bacano,
Mas quando me provocam essa ideia vira engano…
Só quero viver a vida em harmonia e paz,
E quando tal não me permitem ajo como Satanás…
Por isso mais vale lerem isto com muita atenção,
Já serve de aviso e conta como intenção…
De lembrar a alguém para reconsiderar,
Algum tipo de atitudes que são de reprovar…
Porque se esta vida são dois dias eu já cá ando há um…
E vou fazer directa que é para não perder nenhum…
Portanto atenção, mais vale é parar,
Atitudes de merda não consigo suportar…
O que quero é fazer o que sempre fiz,
E nunca me impediram de fazer o que quis!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

S.A. (sociedade anónima...)

Está de volta a loucura, os dias atribulados,
Embarcamos na aventura, a que estamos destinados...
O dia passa a noite, não tem fim a diversão,
Aguentamos estafados e ninguém diz que não...
Excessos são cometidos, é situação normal,
Quando os amigos se juntam o show é descomunal...
Ficamos diferentes vê-se o melhor e o pior,
Conhecemos várias facetas, que não sabemos de cor...
Invade-nos uma alegria, de fé em grandes momentos,
Queremos viver os pormenores, com o maior dos alentos...
Criam-se recordações, relações e amizades,
Não não estou enganado é a mais pura das verdades...
É uma semana num ano, mas em nada é igual,
A todas as outras que temos, até à do Natal...
Entra-se num outro mundo, numa outra dimensão,
Vivemos intensamente, com sentimento e paixão...
Sentimos à flor da pele, um grande misto de emoções,
Somos todos invadidos pelas mais belas sensações...
Nada mais importa, é aproveitar tudo ao máximo,
Não há limites impostos, num futuro mais próximo...
Laços intensificam-se, mas queremos sempre mais,
Do pudor não há memórias, ele não condiciona tais...
Carpe Diem é o lema, é a atitude em geral,
Quase nunca te arrependes, do seu resultado final...
Liberdade perversa, pelos mais velhos rotulada,
Mas não será apenas fruto de uma vida condicionada...
E de uma vontade imensa de poder ter sido assim,
Salazar roubou-lhes vida, no princípio meio e fim...
Aproveitamos tudo, como chuva num deserto,
E os finais de noite têm, um encanto incerto...
Se não ficas satisfeito não tens de ficar frustrado,
Pois no dia seguinte o processo é reiniciado...
Só lamentas quando vês, esses dias escassear,
Pois se algo não viveste, para sempre vais lamentar...
Porque os dias de loucura embora tenham calendário,
A tua vida continua e um dia muda o cenário...
As responsabilidades aumentam, a elas não podes fugir,
Embora em espírito permaneça a juventude a sorrir...
Lembra-te destas palavras, aqui podes encontrar,
Algo com que te identifiques, onde te possas enquadrar...
Por isso mesmo vos digo, com a mais pura humildade,
Que ela ainda não começou, mas dela já sinto saudade...
Portanto preparamos, tudo com muito afinco,
Não quero que influenciem este bem estar que eu sinto...
E se o ano vai longo, aqui quero descansar,
Com esta loucura consigo, as baterias carregar...
Para enfrentar um dia-a-dia, que por vezes é atroz,
A vida não é fácil, mas ela depende de nós...
E assim quero terminar esta breve reflexão,
A ideia é só uma, quero vivê-la até mais não!

domingo, 26 de abril de 2009

Paranóia

De antemão, mas escreves tu com verdade,
Se para ti o realismo foge um pouco à realidade...
É mesmo assim, e não há nada que possas refazer,
Porque afinal vives a vida sem ter medo de morrer...
Guardas tudo, até à mais ínfima imagem,
Desta vez vais arriscar e atravessar pr´a outra margem...
Sem mais demoras, e agora recordas como é feito,
Socializas, verbalizas, ages conforme e a preceito...
Nada mais, e mais nada nem ninguém tens de seguir,
Se tens de andar ao contrário, entras quando queres sair...
Ninguém sabe o que é, mas toda a gente o conhece,
Se por causa de um acaso o mal já não te acontece...
O pensamento flui, e não é por mero acaso,
Tem raízes bem vincadas, que nem golpe em Burkina Faso...
Porque por vezes há, necessidade de fazer frente,
Não desconfio de ninguém mas não confio em toda a gente...
Existe erro também, andei e estive enganado...
E para o desfazer foi trabalho complicado...
Linguagem incerta, sem razão ou sem motivo,
Como página rasgada, mas uma do melhor livro...
Se o que queres é fazer número basta andares por aí,
Pois se a luta continua nós ficamos por aqui...
Sem medo nenhum, mas não é pura evidência,
As coisas acontecem sem ser por coincidência...
E assim, sem o mais puro regrado,
Procuras o equilíbrio pois estás desequilibrado...
Não estás enquadrado e nem procuras estar,
Perspectiva diferente é com a que queres ficar...
A censura dos outros dá vontade de me rir,
Quando inovas desafias, quando vêm já estás a ir...
Pensamentos desajustados, ilógico o raciocínio...
Mas tudo está conjugado como morte num assassínio...
E se não faz sentido é sentido com intensidade,
Podes estar confuso porque te ofusca a verdade...
O poder da língua vem sempre ao de cima,
É a arma do poeta, o destino o afirma...
Continua a saga, sem violência e sem pudor,
Pois no barco desta aventura sou eu o condutor...
E quando dás por isso já o caldo está entornado,
Não sabes como acontece mas é sempre complicado...
É como rever alguém que não vês à muito tempo,
Bons são os primeiros segundos, os restantes não aguento...
És sempre sincero e não enganas ninguém,
Se gostam está tudo, se não gostam tudo bem...
E de repente a calma, por ela és invadido,
No fundo agoniaste mas foi tudo sem motivo...
Acordas de repente, no afogar és a bóia,
E vês que tudo não passou de uma simples paranóia...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Gosto...

O meu ser não consegue sossegar, está predominantemente agitado,
Talvez consequência da vida quando nesta algo muda demasiado...
O teu espaço é invadido por alguém favorito,
Não consegues explicar, como uma crença ou um mito...
Acontecimentos destes sempre mexeram comigo,
E será já pedir muito querer que mexam também contigo...
Uma simples conversa, um sorriso ou um olhar,
É tudo o que basta para um dia mudar...
Agradável quando vives este género de situação,
Pois parece que alguém tem teu coração na mão...
Consegue-te dominar num sentido abstracto,
E ao descrever isto não consigo ser exacto...
Não dá para raciocinar quando o sentimento te domina,
E digam lá se não gostam quando esta sensação fascina...
Transporta-te para um mundo como não há igual,
E tudo acontece de uma forma natural...
Um sorriso nos lábios nunca é fora de contexto,
Quando gostar de estar com alguém é o único pretexto...
Parece que o tempo pára e para mim é perfeito,
As conversas prolongam-se mas nunca se está satisfeito...
Perguntas-te como é possível isto estar a acontecer,
Pois certamente não é algo que tu pudesses prever...
E o encanto que sentes não podes ignorar,
Não é nada concreto mas é tão fácil de gostar...
A tendência é para esconder, jogas pelo seguro então,
E encontro nas palavras uma forma de libertação...
Porque há certas coisas que não falas com toda a gente,
E se os outros o fazem eu tento ser diferente...
Não é que tenha medo de mostrar o que sinto,
Mas sei que por vezes o faço de modo muito sucinto...
Não é fácil perceber quando me estão a cativar,
Nos olhos não o denuncio mas não é para enganar...
É apenas e só uma forma de me proteger,
Porque em coração roubado trancas há que meter...
Mas eventualmente essa barreira vão quebrar,
E é nesse preciso momento que a vida começa a mudar...
Sempre na esperança de que nada se passe igual,
Pois se assim se evoluir para mim é o ideal...

terça-feira, 14 de abril de 2009

Sem Inspiração

Fugiu-me a inspiração, não consigo ligar nada,
Faltam-me as palavras, tenho a mente desligada…
Quero expressar o que sinto, quero-me explicar melhor,
Mas por vezes não é fácil dizer o que há de pior…
É uma sensação esquisita, parece que estou engasgado,
Mesmo sem tentar falar, o pensamento está travado…
Acontece-me por vezes, mas odeio a sensação,
Gosto de mostrar o conteúdo, que me vai no coração…
Porque como ser humano necessito comunicar,
E se por vezes não o consigo sinto-me a sufocar…
Nunca entrei em desespero, nem nunca andei perdido…
Mas isto que sinto por vezes, deve ser o mais parecido…
Um pensamento após outro, palavra após palavra,
Sinto a ânsia de transmitir, sinto-me cão que não ladra…
Quero sempre dizer mais, quero-me fazer ouvir,
E quando não solto a escrita, não me é fácil existir…
Porque se por um lado sei, o que com as palavras quero mudar,
Por outro sinto-me vazio, como uma praia sem mar…
Mas lá vou ultrapassando estes momentos menos bons,
Esforço-me por ouvir no meu ser, todos os seus sons…
Pois por vezes é demasiado difícil, definir inspiração,
Ela pode ser tantas coisas, e algumas fogem à razão…
Uma troca de olhares, um café ou uma conversa,
É tudo o que precisas por vezes, para unir o que a mente dispersa…
Uma pessoa especial, uma acção ou mesmo um agrado,
Podem fazer de mim, o poeta mais inspirado…
Portanto não posso de todo, ceder ao meu desespero,
De não conseguir escrever, tantas vezes como quero…
Porque estas inspirações da vida, passam a vida a acontecer,
É preciso estar atento e não as deixar perder…
Porque por vezes o mais trivial, é de importância extrema,
E como cada um é como cada qual, eu escrevi este poema…
Para relembrar a todos, o que para mim é importante,
Temos de estar nesta vida, com tranquilidade constante…
Não ceder à pressão e jamais desesperar,
Agarrar o que de melhor, a vida tem para dar…
Momentos especiais, pessoas e até mesmo alguns factos,
São para mim o que justifica, a tendência dos meus actos…
Portanto não posso dizer, que tenho falta de inspiração,
Porque no fundo até escrevo, sem a ter como noção!