O que é para ser dito tem de o ser, e doa a quem doer...
Letras com inspiração em vivências do quotidiano e escritas em linguagem tribal citadina...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Liberdade?

Liberdade, mas sempre com consistência,
Por vezes é confundida com pura irreverência...
Sempre as mesmas acusações, todas sem sentido,
Ao longo dos anos já te queimam o ouvido...
Cabelo comprido, piercings ou uma simples tatuagem,
São símbolos negativos e nunca de coragem...
Descriminados por uma sociedade (in)diferente,
Onde a abertura está fechada nas mentes de toda a gente...
Além disso a cor, que todos dizem estar ultrapassada,
mas no fundo é desculpa para ocultar uma fachada...
Porque no fundo o olhar não é igual,
A escuridão perturba o raciocínio normal...
E então, que raio fazemos para mudar?
Ao tempo que isto se arrasta é fácil de lembrar...
Acabar com estas atitudes é o caminho a seguir,
Porque se para uns é dor, para outros é só sorrir...
Para muitos é demasiado fácil acusar,
Sem pensar no que se diz ou no que se vai causar...
A batalha pela igualdade está longe do fim,
Mas cada passo para a mudança é sempre feito assim...
Não é de um dia para o outro que muda a mentalidade,
Porque não é boa acção ou obra de caridade...
É assunto muito sério, doença de uma sociedade,
E como tal tem de ser tratada com toda a seriedade...
Mas chamemos as coisas pelo seu nome,
O preconceito é mais grave do que a própria fome...
E para ele não existe tratamento documentado,
Há apenas bom senso que tem de ser implementado...
A luta será dura e é contra o mais otário,
Mas nesta campanha gosto, de ser mandatário...
Juntemos então forças, todos não somos demais,
Nesta guerra sem fronteiras de atitudes banais...
Porque o meu brinco é a minha liberdade,
Ostentá-lo é vitória que conquista igualdade...
Pois represento uma classe que merece respeito,
E diferente sou igual mas despido de preconceito!

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