O que é para ser dito tem de o ser, e doa a quem doer...
Letras com inspiração em vivências do quotidiano e escritas em linguagem tribal citadina...

domingo, 23 de junho de 2013

Passos de um País...

Pode-se estar morto, mas não se está enterrado,
Estado letárgico, estático, ou até mesmo anestesiado...
O corpo responde, mas a cabeça não,
No entanto as ideias, em constante evolução...
O País vai torto, sem rumo, desgovernado,
Um governo todo roto, mais do que morto e enterrado...
Ando tudo à nora, mas com vontade de explodir,
E um qualquer dia destes, o povo às ruas vai sair...
Revolução nas mentes, nas ideias e ideais,
Uma geração lesada, que diz basta porque é demais!
Reacção em cadeia, que tudo fará mudar,
Mudam-se usos e costumes, as pessoas e o pensar...
Chega de hipocrisia, não nos tomem por tolos,
Porque a pressão aperta, como compressão de rolos...
Atentados à inteligência, injustiças desmesuradas,
São piores para o povo, do que buracos de balas...
Procuremos a união, para todos ter-mos força,
E todos juntos venceremos, na saída de funda poça...
Sou parco nas palavras, mas na ideologia crente,
Somos todos iguais, e precisamos de ir em frente...
Está tudo estagnado, é preciso fomentar,
A economia da vida, a mesma está a estragar...
Já só há pobres e ricos, já não há remediados,
A implosão da classe, deixou-os destabilizados...
E como em todas as amplitudes, há o 8 e o 80,
O avô cria o neto, muito para lá dos 70...
Volta tudo a casa, não há bela nem senão,
Volta tudo à estaca zero, sem no bolso um tostão...
O povo cheio de orgulho, mas de o engolir,
A dor pela qual não dormes, é difícil de sentir...
Mas a volta está a ser dada, já faltou mais,
Mesmo que te levantes para dias sempre iguais...
A coragem está a voltar, pois andou imigrada,
E essa vontade que sentes, tem de ser aproveitada...
Vamos fazer a diferença, já chega de ilusões,
As verdades que te vendem, são meras distracções...
Desviam-nos a atenção, daquilo que mais importa,
Mas não nos tiram a noção, de uma sociedade torta...
E que vamos ter de ser nós, a endireitar,
Vamos mudar de proa, de rumo, vamos mudar!
Licenciados, doutores, professores e engenheiros,
Temos equipa para derrotar, arcos de politiqueiros...
Está nas nossas mãos, temos é de agir,
No sofá reside o medo, temos de o corrigir...
Organizados e capazes, assim vamos ter de ser,
Pois se o somos de boca, com o corpo vamos ver...
Está mais do que na hora, já passou tempo demais,
Agarremos o que é nosso, descansem os nossos pais...
Serviram-nos de exemplo, o que temos de seguir,
E se este já passou, outro Abril tem de vir!
Ergamos as nossas vozes, eles têm de nos ouvir,
Mas mais importante ainda, eles vão ter de nos sentir!

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