O que é para ser dito tem de o ser, e doa a quem doer...
Letras com inspiração em vivências do quotidiano e escritas em linguagem tribal citadina...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Porque escrevo...

Numa sociedade podre, engolida pela vaidade,
É em linhas como estas, que encontra alguma contrariedade...
Ataco olhos nos olhos, é a mais pura das verdades...
Deixo de fora tristezas e qualquer tipo de vaidades...
Porque por vezes a vida é como levar uma injecção...
Não há prazer sem dor, não há bela sem senão...
Expresso-me em português, numa linguagem padrão...
E se Camões perdeu um olho, eu não perco a razão!
Muito me passa pela cabeça, mas um só pensamento persiste,
Gosto de atacar as causas com palavras em riste...
Reivindicar pela escrita, é algo que me seduz,
Tentar explicar com palavras o que o meu sentimento traduz...
Tenho o cérebro a mil, não consigo descansar,
Mas ao contrário da vida escrevo sem hesitar!
Sobre os temas de que escrevo, não há nada a esconder,
Escrevo sobre o que se destaca, sem nada a perder...
Pessoas de ideias fixas e com conversas banais,
Completamente alienadas, as perfeitas anormais!
Comunidades distintas, mas sem crenças nem valores,
Onde ninguém se destaca dos mais pobres aos doutores!
Julgam-se donas da verdade, mas de ideais sem sentido,
Mas para mim mais parece, terem o cérebro derretido...
Falo de gente mesquinha, que me deixa sufocado,
Quando na verdade ela, me devia passar ao lado!
Apreciam frases feitas e os clichés acham lindo,
E é essa conversa da treta, da qual eu mais prescindo!
Então fazes valer o teu génio criativo,
Pode não ser o melhor pensamento mas é do género abrasivo!
E a nível da mensagem, ela nunca salta à vista,
É linguagem configurada para que ninguém resista!
Ninguém impõe limites no teor da composição,
O único entrave que conheço é uma cessante imaginação!
Sobre esta fase da vida, que mais posso eu dizer,
Na escrita me refugio, sinto poder a escrever!
Não me considero artista, apenas um poeta urbano,
Que cria meras frases, sobre vivências do seu quotidiano.

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